Brooklyn, here we go!

Não há como negar: o Brooklyn é a nova Manhattan! Se alguém ainda tinha dúvidas, vejam o que andam dizendo por aqui: até o venerando Oyster Bar, do Grand Central Terminal, estaria abrindo uma filial em Park Slope no final do ano. Com isso, seria o enésimo exemplo de griffes famosas cruzando a ponte.

Só de memória, vejam quem já se estabeleceu por lá ou está se preparando para abrir as portas: Armani Exchange, Victoria’s Secret, Nordstrom Rack, Century 21, H&M, T.J.Maxx, GAP, Aèropostale, etc. Isso sem falar nos restaurantes. E nos bares. E nos mercados. E nas livrarias. E nas galerias. E nos ateliers…

Eu sempre achei que tudo isso acontecesse meio que naturalmente: o famoso conceito de “trend”. Jovens, principalmente na área de arte, começam a chegar. Seguem-se bares e galerias. O buzz se instala. E aí, como os preços ainda são bons, a classe média inicia a invasão.

Mas na verdade não é assim. A ocupação não tem nada de espontênea. Ao contrário,  é estudada milimetricamente por vários órgãos municipais. Alguns deles, como o RPA, em funcionamento desde 1929. Se você quer saber um pouco mais sobre como a coisa acontece, recomendo o artigo de Doug Henwood (How the 1 Percent Rules) publicado no The Nation, que o maridão assina.

Como dizem por aqui, é um texto illuminating, pois acaba com a ingenuidade da gente de pensar que tudo o que está acontecendo no Brooklyn é espontâneo. Não é, não. É tudo rigorosamente orquestrado. E perdão se destruí sua ilusão de estar descobrindo alguma coisa… 🙁