Comprei 1 livro. Na verdade, comprei 3.500!

Ninguém vai entender o fato de eu estar postando sobre tecnologia. O Fred que o diga! Mas é que não houve jeito: tive que me render aos encantos do Kindle. Por um motivo muito simples: os livros estavam ocupando muito espaço na minha pobre mala. Cada vez que viajo, separo meia dúzia de volumes pra levar. Sem contar os que acabo comprando no meio do caminho. Então resolvi ser moderna e render-me à praticidade que a tecnologia nos coloca à disposição.

Mas sem deslumbramentos: acho tudo maravilha por um lado, mas  por outro também vejo várias desvantagens.
Os prós
.A velha coluna vertebral agradece: em vez de arrastar uma mini-biblioteca mundo afora, agora viajo com algo que se asemelha a um réles caderninho.
.O planeta agradece: estou economizando papel; portanto, menos árvores estão sendo ceifadas.

.Uma surpresa para mim: a legibilidade é total, mesmo na mais intensa claridade.
.Ah, o gadget tem espaço pra 3.500 compêndios! Comé que pode, seo?!
.Também tem dicionário. Lê pra mim, se eu precisar. E compro tudo num piscar de olhos (será que isso não tinha que estar no bloco dos contras?!).
.Não posso deixar de mencionar também a capinha liiiinda que comprei pra ele, cuja cor obviamente é desnecessário lembrar.
Os contras
.Não posso ler na decolagem nem na aterrissagem. E isso é um fato da maior gravidade.
.Tenho mais um cabo para carregar.
.Consumo – mesmo que seja pouco – eletricidade pra fazer o bichinho funcionar.
.Não tem cheiro de livro.
.Não preciso mais ir a livrarias (com todas aquelas outras lojas no caminho…).
.Se eu perder, perco a biblioteca…
Placar final
Numa viagem, para economizar peso e espaço na mala, é ótimo. No dia a dia, fico com o velho e bom papel.
Compartilhar com:
Comentários
  • Marcie, eu me rendi e não volto atrás. Mas continuo comprando alguns livros de papel… principalmente os livros de viagem 🙂
    Agora, quanto ao que vc falou de se perder, perde a biblioteca, ai está uma grande vantagem… não perde não, Os livros estarão todos prontos pra ser baixados de novo. Claro q perder o investimento no kindle não ajuda. 🙂 E eu aidna tenho o Kindle para Iphone e o Kindle no computador. Dá para sincronizar tudinho, inclusive as suas marcações e notas! 🙂

    28 de outubro, 2010
  • Marcie, seu sei que um dia vou acabar me rendendo aos livros digitais. Sei que é inevitável, assim como (infelizmente) eu acabei abandonando as cartas, mas sinto uma dorzinha no coração… Só os viciados em livro entendem o que é tê-los nas mãos, sentir o cheiro de papel, acompanhar o marcador ao longo das páginas… E não adianta, nada substitui isso! E todo o ritual de ler antes de dormir? Com uma maquininha não tem o mesmo valor! hehe

    Apesar do meu desabafo, tenho certeza de que seu novo brinquedinho vai ser um ótimo companheiro de viagem! Eu não compro um por enquanto só de pirraça mesmo! 😀

    Beijos!

    28 de outubro, 2010
  • Eu quero comprar justamente pra levar em viagem. Ja pedi pro Papai Noel 😉 hah! A gente leva o ipad mas 1) nao gosto de ler no ipad por causa do reflexo 2) a Julia fica vendo fime entao nao tem como eu ler nada!

    28 de outubro, 2010
  • Que bom que você gostou, Marcie!

    Não sou uma usuária “heavy” do Kindle ainda. Ganhei no começo do ano e iniciei uma fase de conhecimento, que para mim demora muuuuito!! Baixei uns livros e comecei a lê-los de vez em quando. Nas minhas férias baixei um guia e transferi uns arquivos. Agora posso dizer que mesmo que eu não venha a ser uma “heavy user”, o aparelhinho é sensacional!

    Na verdade, eu acho que o Kindle é ideal exatamente para pessoas como você, que lêem bastante. É aí que ele se mostra mais vantajoso.

    Ia comentar sobre a questão da perda, mas a Cláudia já falou. Seu Kindle está registrado na Amazon no seu nome e tudo que você compra é seu. Acho até que se alguém se apoderar dele, não poderá baixar nada através da loja. Se alguém souber, por favor me corrija.

    Ah, e tem a questão do empréstimo. Meu pai dizia que emprestar um livro é o mesmo que dá-lo, pois raramente será devolvido. Ele “dava” com prazer, mas é verdade que raramente os via de novo… Ninguém pode pedir emprestado um livro do Kindle, né? 😉

    Economicamente, são mais baratos do que os livros de verdade e você pode usar a diferença para as visitas que fará às lojas que ficam no caminho das livrarias 😉

    A legibilidade não é boa só pela tela que não tem o brilho do iPad por exemplo. Segurá-lo e virar suas páginas, principalmente quando estamos deitados ou mal acomadados é muito mais fácil. Podemos escolher o tamanho das letras e fazer marcações, que são facilmente identificadas pelos números de referência.
    Outro dia li no twitter que lançaram um spray para dar cheirinho de livro 😉

    Ah, e tem a questão do espaço, que hoje em dia, digamos, com as casas e apartamentos menores, é uma vantagem… Um exemplo: cresci em uma casa onde sempre houve muito mais livro do que qualquer outra coisa. Meu pai era um leitor e comprador voraz. Minha mãe, bibliotecária. Bem, os dois se foram e os livros, ainda não conseguimos mexer neles. Acredite, me desfazer de um livro do meu pai me dói mais do que doeria me desfazer de um imóvel ou de qualquer outra coisa… Seria muito mais fácil se ele tivesse um Kindle!

    Beijos e faça uma ótima viagem!!

    28 de outubro, 2010
    • Adorei o spray pra dar cheirinho de livro – é o cúmulo da virtualidade!!! 😆

      28 de outubro, 2010
  • Bom, eu sou meio suspeita pra falar, mas estou apaixonadíssima pelo meu Kindle… Concordo com todos os pontos negativos, principalmente com o que diz que ele não tem cheiro de livro – e ainda acrescento que ele não faz aquele barulhinho de papel quando viramos a página…

    Mas, no meu caso, o Kindle veio para ocupar um espaço insubstituível. Explico: como professora de literatura eu sempre tive que carregar pilhas e mais pilhas de livros e artigos para o trabalho todos os dias. Vocês já viram o tamanho das bolsas das professoras?!? Pois é… 😯 Amo especialmente a possibilidade de levar comigo TODOS os artigos críticos que tenho arquivados em pdf, sem ter que imprimir e carregar ainda mais peso. Amo também a possibilidade de baixar de graça todos aqueles clássicos antiqüíssimos que sempre deixei pra comprar em outra ocasião – normalmente uns tijolos que pesariam horrores na mala… Mas, dito isso, continuo apegada aos meus livros de papel, e não me desfaço deles de jeito nenhum – aliás, vou achar ótimo parar de destrui-los carregando na bolsa o tempo todo!

    E estou felicíssima com a possibilidade de levar uns 400 livros comigo na RTW, sem culpa nenhuma se não chegar a ler nem 1% deles… E ainda estou considerando seriamente comprar o Lonely Planet Southeast Asia versão Kindle por módicos US$ 17 e peso zero!

    O meu é branquinho, de capa vermelha – lindão… 😉

    28 de outubro, 2010
  • Acho que sou do seu time, livro eletronico somente para voos (e olha lá! Eu só levo um nas viagens eheheh)… Ainda acho meio chatinho ler na telinha!
    Quem sabe quando o Kiko comprar um iPad eu me anime (não que eu tenha visto algo de realmente util no iPad, né?).
    Sabia que o Vô do Kiko tinha a maior biblioteca privada de Sunca?
    bjks

    28 de outubro, 2010
  • Eu estou doida para comprar um para eu viajar. Infelizmente a taxa de importação do Brasil é absurda, então vou ter que esperar a minha próxima visita aos EUA para comprar o meu!

    29 de outubro, 2010
  • Li no Google Reader e vim aqui pra falar do tal spray com cheiro de livro de verdade. Mas a Lena já falou…

    30 de outubro, 2010
  • Eu tinha certeza de que você se renderia ao Kindle e não ao iPad depois que vi um Kindle ao vivo 😛

    Mas assim, qual o problema de não usar o Kindle no pouso e decolagem? É tão rapidinho hehehe

    31 de outubro, 2010
  • A maior decepcao dessa viagem a Miami foi encontrar o bichinho sold out. Da proxima vez, compro antes pela Amazon e mando entregar no hotel (ou na casa de uma amiga que se ofereceu para o referido :mrgreen: ). To doidinha por um!

    31 de outubro, 2010
  • Estava aguardando ansiosamente uma viagem aos USA para poder comprar um Kindle com preço justo. E ela apareceu, comprei um semana passada e durante a estadia em Houston baixei todo o conteúdo gratuíto para quem está no país.
    Vou continuar comprando livros de papel porque adoro. Mas o meu Kindle vai estar sempre carregado para viagens, visitas a médicos e dentistas e outros tipos de esperas.
    Sem dúvida ele vai ajudar a reduzir as dores nas costas.

    2 de novembro, 2010
  • Sempre impliquei com kindle e esses livros eletronicos, mas voces estao falando tao bem deles…
    Depois que me acostumei a usar tanto internet pelo meu Iphone acho que ler livro no kindle nem deve ser tao ruim…
    A verdade é que adoro livro…não gosto nem de pedir emprestado…e sim de ter o meu!
    E como disse a Lena não consigo me desfazer dos livros. Meu pai é um leitor compulsivo e por conta dessa paixão resolveu ter um sebo, durou poucos anos e quem herdou os livros fui eu! Imagina a quantidade que tenho em casa…

    2 de novembro, 2010
    • Livro continua sendo meu amor maior. Mas para viagem, até que o Kindle está funcionando.

      4 de novembro, 2010
  • Acho que tem espaço pra todos, depende a ocasião!

    3 de novembro, 2010
    • Sem dúvida!

      4 de novembro, 2010
  • Esse será o presente de natal do meu namorado 🙂 ele esta doido por um.
    Eu pretendo trazer por courier mesmo, porque “ouvi falar”, mas vou pesquisar mais sobre isso, como alguém aqui disse, o marvado II, imposto de importação.
    Para livros não se paga nada, e para leitores também !! Mas só leitores, que é o caso do kindle…. assim que eu tiver certeza volto e aviso a todos!

    Quanto ao livro acho difícil substituto para o mesmo, é um mundo novo se abrindo em paginas, mas temos que evoluir, e que venham os ipad e kindle!!! Nada de pre-conceitos, vamos ao que interessa, o mesmo com minha camera nikkon que revelava filme, demorou mas a ficha caiu, e a digital já é a favorita, a nikkon ainda não vendi, nào doei, não consegui fazer nada … esta lá guardadinha, me deu tanta felicidade.

    É a tecnologia pessoal!!! Fez bem Marcie! Vai aproveitar um monte. bjkssss da patsy

    13 de novembro, 2010
  • Eu tb estou na pesquisa se vou p/o Kindle ou p/o Ipad, só que este último é beeem mais caro, se for só p/usar em viagens. Ouvi falar que o Ipad tem tb GPS (ñ é o Google maps). Alguém sabe se é verdade? Pq é mais um agregado nas viagens! E os guias, podem ser comprados no Kindle, como alguém já falou aí em cima. E no Ipad, tb? Qto à luminosidade, havia lido que o Ipad era do mesmo jeito que o Kindle, mas pelo que vcs falaram ñ é, o Kindle é melhor? E p/navegar na internet em viagens, o Kindle funciona bem?
    Se alguém tiver mais dicas comparativas, agradeço!
    Lu

    14 de novembro, 2010
  • AI meu deus! So aumentando minha curiosidade!
    Nunca sequer tinha considerado um Kindle, ate que vi um carinha lendo um no metro hoje. Nossa, como é pequeno, fininho e (com cara de) levinho!
    Eu sou do time que achar que legal memso é comprar livro, cheiro de livro, encher as estantes de livros.
    Mas convenhamos que nao é nada pratico!
    No momento estou enrrolando pra ler um livro, que estou adorando, mas tem tem 1000 paginas!! É um trambolho! Fico com muita preguiça de carregar por ai! Entao acaba ficando encostado por semanas sem fim…

    16 de novembro, 2010
    • Eu só decidir comprar quando, ao preparar as coisas para levar para uma viagem de 3 semanas, me vi colocando 7 livros na mala. Não dá, né? 😉
      Ainda estou me acostumando com o bichinho, mas tenho que reconhecer a praticidade.

      16 de novembro, 2010
  • Ainda estou na dúvida. Na prática, acho que iria gastar mais. Todos os livros que eu comprasse na versão Kindle (para transportar) eu também ia querer ter na versão impressa (para ver, para ter, para cheirar, para manusear em casa). O Kindle ia ser subsidiário, apenas para viajar leve. Eu não iria me contentar em ter apenas a versão digital. Ou seja, teria o gasto da versão impressa e, em alguns casos (os livros que quisesse ter em versão mais portável), mais o custo da versão digital.

    Eu sou um Lonely Planet addicted. Para um dia inteiro fora, é só pôr o guia impresso na bolsa/mochila e, qualquer dúvida, abrir e consultar (no metrô, enquanto espera em uma fila etc.). Não sei se faria o mesmo com um Kindle. Baixei para o iPhone (que é bem menor) alguns guias gratuitos e nunca usei. Sempre vou direto na versão impressa, até por instinto.

    Apesar de minhas incertezas e inseguranças sobre o assunto, estou com o Umberto Eco: não contem com o fim do livro.

    http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=3247404&sid=111237202121118545888317353&k5=10B24AAE&uid=

    21 de novembro, 2010

Deixe um Comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.