Não fotografe com a boca cheia!

Imaginem como a vida seria chata se não pudéssemos mais viajar virtualmente com nossos amigos ou, pior ainda, se fôssemos impedidos de degustar visualmente as maravilhosas refeições que eles consomem ao longo do roteiro. Imaginem, horror dos horrores!, como seria insípida nossa timeline sem clicks como este do Ricardo Freire (@riqfreire).

Pois é isto o que os restaurantes de New York estão querendo fazer. Querendo, não: na verdade, já estão fazendo. A palavra de ordem, de norte a sul, de leste a oeste, é uma só : abaixo o fotógrafo de comida! 😯

E como eles estão fazendo isso? Segundo a imprensa, alguns locais procuram agir com extrema classe. Um deles, por exemplo, pergunta se o interessado não prefere fotografar seu prato na cozinha com todo o entorno que você pode imaginar. Outros, simplesmente proíbem e pronto.

E como a resistência (às fotos de comida) tem crescido muito, em muitos lugares são os próprios habitués que acabam assumindo o papel de polícia. Fazem cara feia. Chamam pelo maitre. Ameaçam. Riem de um hábito que consideram “incivilizado”, etc, etc.

Sei, não. Eu entendo que possa haver exagero. Já vi, aliás, muito exagero. Já vi gente subir em cadeira pra alcançar um melhor ângulo, esquecida de estar dividindo o espaço com mais 10, 20 ou 30 pessoas que não têm nada  a ver com isso. Mas, ao mesmo tempo, também já testemunhei clicks discretíssimos, incapazes de incomodar quem quer que seja.

O que fazer, então? Na minha “modéstica” opinião, usar o famoso bom senso que nunca costuma ficar longe dos bons modos. Há ocasiões e há ocasiões. Há restaurantes e há restaurantes. E principalmente: há maneiras e há maneiras.

Não sei se fui clara.

Quer saber? Acho que fui claríssima!

[Foto gentilmente surrupiada do Instagram® do Ricardo Freire ]