New York agora: vir ou não vir?

Por sorte, não estava em New York quando Sandy fez sua fatídica visita à cidade. Por sorte também, minha casa não sofreu nada além da perda temporária de conexão à internet. Primeiro de tudo, tenho que agradecer por ter sido poupada e, ao mesmo tempo, procurar ser solidária com os que não tiveram a mesma sorte.

É claro que procurei ler tudo sobre a tragédia, mas procurando sempre evitar fotos e vídeos: os relatos já eram mais do que suficientes. De terça para cá, também estou lendo tudo sobre o “depois”. O day after, a week after, o month after… na verdade, ninguém sabe quanto vai durar a recuperação das áreas afetadas.

Estou contando tudo isso para chegar à pergunta que interessa mais de perto ao abrindo o bico: diante desse quadro de devastaçãobarrareconstrução, como é que devem agir os turistas com viagem marcada? Se formos ouvir as autoridades, as grandes atrações já reabriram: Broadway e museus, principalmente. Os transportes estão praticamente regularizados. E os restaurantes e o comércio em geral aguardam ansiosamente a volta dos clientes… Posso imaginar, pois não deve ser fácil repor 60 bilhões de dólares que parece ter sido o rombo até agora.

O que eu acho? Acho o seguinte: não vejo nenhum problema em manter a viagem, mas tem que vir sabendo que vai abrir mão de uma coisa ou outra. Na lower Manhattan, algumas áreas ainda estão inundadas, sem falar de Staten Island, Queens e Long Island. A gasolina ainda está difícil e com isso, é claro, fica mais difícil pegar taxi. Alguns produtos ainda estão faltando nas prateleiras, mas nada que você não encontre andando um pouco mais.

Resumindo, venha! Tenho certeza que vai ser bom para você e vai ser bom para a cidade. E já que você vai estar por aqui, arredonde um troco qualquer e faça uma doação à Cruz Vermelha. Nas áreas mais afetadas, tem gente precisando muito…

(Foto: Marcie Grynblat Pellicano)