Monet no New York Botanical Garden.

Não, não se trata de mais uma exposição do grande mestre do Impressionismo (se bem que haja dois quadros lá) mas sim de uma idéia inovadora: o transplante de seus jardins de Giverny para o Bronx.

Na verdade o que fizeram foi recriar, em versão reduzida, dois dos principais jardins que o pintor cultivou na sua famosa casa de campo do norte da França: um, mais tradicional e de inspiração francesa; o outro, mais fantasioso e de inspiração japonesa.

A surpresa começa já na entrada da “mostra”: uma das alas da Glass House se abre para uma recriação da Grand Allée de Giverny, com flores saindo pelo ladrão. E o que é mais maravilhoso: são flores alegadamente plantadas pelo próprio pintor, que mantinha tudo muito anotadinho.

E lá fora o desbunde continua, apesar de nem tudo ainda ter desabrochado. Os famosos waterlilies, por exemplo, imortalizados nas gigantescas telas do Orangerie, começam a abrir agora. São mais de cinquenta variedades, muitas delas “descendentes diretas” das que Monet plantou na França.

Claro que uma ida a Giverny continua sendo uma experiência inegualável, mas não me parece uma má idéia dar um pulo no Bronx. No mínimo, pela originalidade da idéia e pela dedicação que seguramente foi empregada. O problema é que, ao contrário das flores que curtem esse calor adoidado, eu costumo murchar no verão… 🙁

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