É muita arte e pouco tempo.
O maridão fica sempre me lembrando que o personagem do livro O Museu da Inocência (que ele não cansa de elogiar) visitou mais de 5.000 museus. Vou escrever por extenso: cinco mil! Meu Deus, pra eu conseguir chegar perto disso, a medicina teria que esticar e muito a duração da vida humana.
Mas, exageros à parte, é sempre bom “descobrir” um novo museu e planejar uma ida assim que possível. Dizendo dessa maneira, parece que eu desenterrei alguma instituição desconhecida em algum ponto remoto da terra. Nada disso, estou falando de Baltimore, um tiro de espingarda aqui de New York (como se costumava dizer antes da arma de fogo se tornar politicamente incorreta). Mais exatamente, o Baltimore Museum of Art que, em 1949, foi agraciado com o acervo das milionárias irmãs Cone. E é essa Cone Collection que o Jewish Museum está exibindo aqui em New York. O lote completo se compõe de mais de 3.000 peças, das quais 500 são obras de Matisse! E depois Picasso, Cezane, Gauguin, Van Gogh e por aí afora.
Elas compravam tanto que acabaram se tornando íntimas dessa turma toda, inclusive com direito a retrato. O de Claribel, por exemplo, foi pintado por Picasso. No Jewish Museum, a exposição vai até 25 de setembro e, além das obras, você também pode visitar digitalmente o antigo apartamento das duas milionárias – onde tinha arte saindo pelo ladrão. Depois de 25 de setembro, é só dar um pulinho em Baltimore. E já que você está lá, visite também a casa/museu do Edgar Allan Poe. É sempre mais museu em direção à meta de cinco mil lá do início…
Guta
/
500 obras de Matisse???? E acabei de ver que tem Gauguin, Renoir, van Gogh, Pissarro, Courbet?? Mais um lugar na lista p/ se visitar! Nem que seja Baltimore 🙂
20 de maio, 2011