A New York da Mary Lessa.

Pro JFK você voou. E de lá pro hotel, como é que você vai: taxi, limo, shuttle ou metrô?
Já passei por várias etapas: usei shuttle várias vezes, de ônibus uma vez só, contratei motorista brasileiro para me esperar no aeroporto, até resolver que mereço, no mínimo, ser levada de taxi direto de e para o hotel, sem fazer o circuito tipo ônibus escolar que o shuttle faz. Mas o melhor mesmo é quando uso milhas, ou encontro uma baita promoção, e viajo de executiva TAM com direito a transfer privativo.

OK, você chegou ao hotel, desfez as malas, e já está na rua: qual é a primeira coisa que você faz?
Andar, andar e andar. Primeiro para esticar as pernas sofridas pelo apertamento da viagem. Depois, pra receber uma dose inicial de NY na veia. A energia dessa cidade é contagiante. Ah, passo num jornaleiro e compro a Time Out ou a New York pra consultar a programação da semana.

Deu fome. Você entra em qualquer lugar ou tem um ou mais restaurantes favoritos?
Se a carrocinha de cachorro quente com salsicha Hebrew é qualquer lugar, então tô nessa. Mas não pode faltar também um sanduiche na Carnegie Deli, e ainda um cheese cake da Lindy´s (caidinha, coitada, mas que ainda me traz boas lembranças). Claro que também gosto de lugares mais incrementados, charmosos, mas aí são tantos que é melhor conhecer  cada vez um diferente.

Além do roteiro de compras, de que outras maneiras você vive a cidade? Broadway, museus, passeios, cinemas?
Broadway e museus são obrigatórios. Gosto de assistir a alguma apresentação no Blue Note, e dar uma conferida na programação do Lincoln Center. Outros passeios são sempre bem-vindos. Alguns podem ser feitos uma vez só na vida (Empire State, Estátua da Liberdade, …), outros repetidos uma, duas, dez vezes (Central Park, por exemplo). Só atravessei à pé a Brooklyn Bridge depois de várias idas à NY, mas, depois, acho que incorporei essa caminhada como uma espécie de exercício aeróbico necessário. Gente chic é outra coisa, né não? E mesmo que você não seja fanático por esportes, vale a pena assistir a algum jogo no Madison Square Garden. É um espetáculo.

Qual é a área da cidade que você mais gosta e por quê?
É difícil para uma NYmaníaca responder a essa pergunta. Mas, num esforço de reportagem, escolho o Soho. Um lugar por onde posso ficar perambulando horas, sem ver o tempo passar. Restaurantes, cafés, lojas, galerias, gente dos mais diversos tipos, tudo aquilo é uma viagem dentro da viagem.

Outlet é out ou ainda é in? Qual?
Ele não é fundamental, mas ainda joga um bolão. Não conheço o Jersey Gardens, mas perco (ou ganho?) um dia no Woodbury Common feliz da vida. Compro quase todos os presentes/encomendas por lá e posso gastar o resto do meu tempo curtindo a cidade sem essas preocupações.

Que conselho você daria para um brasileiro que ainda não conhece New York (se é que existe algum!).
Compre correndo uma passagem pra lá! Não dá pra alguém dizer que gosta de viajar se ainda não conhece NY. E não adianta dizer que não vai porque não gosta do americano padrão-yankee-conservador-consumista-invasor. NY reúne um pouco de tudo de bom e ruim do mundo todo. Primeiro você vai lá, depois pode criticar ou se apaixonar.

Ao voltar pra casa, o que você sente que está levando de NY? Além do excesso de peso, é claro.
Saudade. E uma vontade enorme de voltar outras várias vezes.

 

Compartilhar com:
Comentários
  • Adorei esse pedaço:
    “E não adianta dizer que não vai porque não gosta do americano padrão-yankee-conservador-consumista-invasor. NY reúne um pouco de tudo de bom e ruim do mundo todo. Primeiro você vai lá, depois pode criticar ou se apaixonar.”

    8 de dezembro, 2010
    • Ah, Carmen, a gente sempre tem um amigo com um discurso desse, não é mesmo? Não sabe o q está perdendo!

      10 de dezembro, 2010

Deixe um Comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.