Comida para Reis e Rainhas a preços razoavelmente plebeus.

Com a licença da Lu Betenson e do Edu Luz, vou falar um pouco de dim sums.

Primeiro de tudo, importante lembrar que li a história no cardápio e que a engulo com o maior prazer – assim como as outras delícias que fazem parte do menu.

Os dim sums foram inicialmente criados como amouse-bouche para os Imperadores da Dinastia Sung, que costumavam saboreá-los acompanhados de chá. Com a invasão dos mongóis, no século 13, o imperador de plantão mudou-se para o Sul, mais exatamente para o Cantão (arroz cantonês, anyone?), espalhando a novidade pelo caminho.

Agora o restaurante onde li isso: o Yank Sing. Fundado em 1958 por Alice Chan (obviously, uma mulher), só tive o prazer de conhecê-lo em 1984, quando morei por uma temporada em San Francisco.  Era uma casinha pequena, cheia de salas apertadas, na região do Embarcadero. Hoje cresceram (já têm duas sedes) mas a qualidade dos pratos continua rigorosamente a mesma.

Assim como seu maior defeito: eles continuam abrindo só para o almoço. Cada vez que volto lá e pergunto se já abrem pro jantar, ouço sempre a mesma resposta: estamos estudando… Na verdade, a resistência deve ter alguma coisa a ver com a tradição: na China antiga, os dim sums também só eram ingeridos até o meio da tarde.

Mas, calculando direitinho (como eu fiz) dá pra pegar um vôo JFK/SFO e chegar a tempo para  o primeiro dos dois almoços do fim de semana. E voltar na segunda-feira cedinho, com a maravilhosa sensação de ter  sido tratado como um rei. Ou melhor, como a esposa dele.

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