Na Itália, um olho nas ruínas, o outro na carteira.

Acabo de ler uma matéria sobre como se precaver de golpes praticados contra os turistas na Itália. A coisa atingiu tal proporção que o MSNBC colocou um post no ar dando dicas de como se defender. Mesmo reconhecendo que, em termos de segurança, a Europa é muito menos perigosa do que os Estados Unidos (na Europa, a subtração de seus pertences raramente é acompanhada de violência), eles listam uma série de golpes a que o turista está sujeito quando de sua visita.

O primeiro é o golpe da falsa briga: você está tranquilamente andando na rua quando, de repente, vê-se diante de uma discussão entre uma jovem atraente e um vendedor ambulante. Intervalo pra comentar: não tem briga mais gostosa de assistir do que o entrevero real entre dois italianos. Continuando: o vendedor está acusando a bella ragazza de tê-lo roubado. Ela, furiosa, vai tirando a roupa pra provar que não roubou nada. Você, distraído com o espetáculo, nem percebeu que sua carteira já era….

Outro golpe muito aplicado é o do troco: a antiga moedinha de 500 liras é muito parecida com a nova de 2 euros. Fique atento. Muita atenção também quando for trocar dinheiro no banco: confira tudo direitinho. Os caixas contam com sua pressa ou falta de paciência, depois da fila interminável que você enfrentou.

A lista de picaretagens é longa. Vamos a mais duas ou três. No táxi, preste muita atenção se o taxímetro está funcionando. Se for um táxi sem o aparelho, duas alternativas: não pegue ou, se pegar, combine o preço antes. Lembre-se também que não existe Polizia del Turista em lugar nenhum na Itália. Portanto, se um representante da classe se aproximar de você, ou corra ou chame um policial de verdade. Por último: apesar de toda a nossa compreensão em relação às comunidades nômades do leste europeu, fuja, repito, fuja de qualquer cigana – principalmente as que tiverem bebê de colo. Enquanto você faz bilu-bilu, sua bolsa bau-bau.

Resumindo: procure prestar molta attenzione. Afinal, quem tem que se divertir na Itália é você, não os golpistas.

Nota da Redação : apesar de o sistema não mostrar, este post gerou comentários. Para ler, é só clicar Comentários no final do texto.

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Comentários
  • ahahahahah eu ADOREI o post!!! Infelizmente ainda não vi nenhuma briga de italianos… mas as ciganas estão por toda parte! Impressionante! Tem que se prestar atenção naqueles vendedores ambulantes tb, que vendem os produtos fakes.. Não fui muito com a cara deles e em menos de 2 min o cara mudou o preço de 50 pra 35 euros!
    beijo queridona!

    13 de julho, 2009
  • Marcie, eu também morro de medo dos pickpockets na Itália. Tanto que andamos sempre com o dinheiro/passaporte naquela pochete (horrível) por dentro da roupa. Mas o post tá super divertido. Essa da briga é impagável! bjos

    13 de julho, 2009
  • Divertidissimo, Marcie! Ver italiano brigando eh mesmo uma djilicia! 😆 No mes que eu passei na Italia, felizmente nao testemunhei nenhum golpe; mas em Paris, no ano passado, fiquei chocada com o descaramento dos golpistas em aplicarem o mesmo golpe na mesma area todos os dias! Nao eh mais so brasileiro que eh criativo, ne???? 😉

    13 de julho, 2009
  • Marcie, post utilidade pública e divertidíssimo.

    Não tivemos problemas com pickpockts. Ainda bem. Depois de termos sido assaltados com arma em uma praia supostamente particular em Arraial do Cabo, nunca mais baixamos a guarda.

    Voltando ao post. Uma cigana em Veneza tentou nos interceptar, desviamos dela e ela nos praguejou a morte. Eu e minha esposa respondemos, juntos (sem planejar) e bem alto: Que Deus lhe dê em dobro! Ela mudou a cara. Quem mandou jogar praga?

    Quanto à brigas, tivemos a oportunidade de presenciar duas. A primeira, em Roma, um casal discutia calorosamente. Achávamos que iam partir pro tapa a qualquer momento. Entraram no caro e se foram. A outra em Taormina. O motorista do ônibus que estávamos bateu em outro e quebrou o espelho. Os dois motoristas desceram e começaram a discutir. Uma beleza. Depois de uns minutos o do outro ônibus foi pro telefone e o do nosso voltou pro seu assento e fomos embora. Foram dois espetáculos.

    13 de julho, 2009
  • Foi em Milao, umas criancas ciganas aproximou do nosso amigo ,que estava so, uma das criancas se jogou no chao gritando e dizendo que o rapaz havia lhe batido, varias ciganas vieram brigando, esbofeteando, chamando pelos ciganos. Em resumo, ele saiu com a roupa do corpo rasgado, sem mochila, sem relogio, sem carteira.

    14 de julho, 2009
  • Eu vi a notícia também, Marcie. Dois pontos:
    1- Isso prova que não é só no Brasil que o turista é enganado e/ou roubado…
    2- Mas, no Brasil e nas Américas de um modo geral, o turista é roubado com violência, às vezes até fatalmente. Isso é o pior.
    Eu não me descuido em nenhum lugar, nem mesmo naquela “cidadezinha de 500 habitantes que todo mundo diz que é supersegura e o último crime foi um furto de bicicleta há 20 anos”. Aí mesmo que a gente pode se dar mal, pois baixa a guarda.
    Abraços!

    18 de julho, 2009

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