A New York da Luciana Misura.

Pro JFK você voou. E de lá pro hotel, como é que você vai: taxi, limo, shuttle ou metrô?

 

Vou de táxi mesmo, acho complicadíssimo encarar metrô com malas e criança, e não tenho muita paciência pra shuttle.

OK, você chegou ao hotel, desfez as malas, e já está na rua: qual é a primeira coisa que você faz?

Normalmente vou procurar um lugar pra comer, ou dar uma volta nos arredores, fazendo um reconhecimento da área imediatamente ao redor (vendo onde ficam as farmácias, mercadinho, saídas do metrô, restaurantes, etc). Olho logo a previsão do tempo pros dias que vou ficar na cidade pra decidir quando vou fazer o que, principalmente se vai chover ou nevar, assim programo logo um museu pra um dia super frio e o Central Park pra um dia de sol por exemplo.

Deu fome. Você entra em qualquer lugar ou tem um ou mais restaurantes favoritos?

Eu sempre faço uma busca no Yelp antes de entrar em qualquer restaurante, a não ser que tenha sido recomendado por um(a) amigo(a). Já entrei muito em restaurante assim sem saber nada e as experiências não foram muito boas, então hoje em dia o Yelp tem garantido uma experiência melhor. Como NY tem muitas opções de restaurantes excelentes, eu fico frustrada quando acabo num restaurante ruim, porque “perdi” a oportunidade de experimentar algum outro legal. Adorei o Sushi Ann na E 51st St, que entrei por acaso no meio de um temporal com uma amiga e foi uma boa surpresa; também gostei muito dos crepes do Bar Breton, na 5a Avenida perto da 28th St, que foi sugestão de uma conhecida que mora na cidade. O La Bonne Soupe na W 55th St achei no Yelp e foi ótimo, um restaurantezinho francês simpático e bem gostoso e gostei do complexo Eataly na 5a Avenida perto da 23rd St, mas prepare-se para a muvuca, quando fomos estava lotado. O Penelope Cafe na Lexington Ave e E 30th St é ótimo para almoço (mas fica bem cheio) e o Shinbashi na E 48th St é um japonês autêntico, que tem bom serviço e preços bons (o sushi estava bom, mas achei as comidas quentes o ponto forte do restaurante).

Além do roteiro de compras, de que outras maneiras você vive a cidade? Broadway, museus, passeios, cinemas?

Em Nova York adoro simplesmente andar na rua. Tem tanta coisa interessante, tanta lojinha bacana, arquitetura legal, sentar num parque ou encontrar um playground pra Julia brincar, é ótimo. Também gosto muito dos museus, ainda não fui a vários dos mais importantes, cada viagem vou a um, adorei o Guggenheim. Ainda não fui assistir nada na Broadway (acabo assistindo aos musicais quando estão em tour pelo país), mas quando a Julia for mais velha eu com certeza vou levá-la pra assistir alguma coisa.

Qual é a área da cidade que você mais gosta e por quê?

Gosto muito do pedaço que é o comecinho do Upper East Side, ali perto de Grand Central Terminal. Tem muitas atrações turísticas razoavelmente perto (Empire State, Central Park, Grand Central, Bryant Park) mas também é uma área residencial e com muito movimento de noite (não fica deserto que nem Downtown ou outras partes da cidade que tem muitos prédios comerciais), muitos restaurantes, além das opções de transporte excelentes saindo da Grand Central. Da última vez alugamos um apartamento ali e já estávamos nos sentindo locais.

Outlet é out ou ainda é in? Qual?

Nunca vou a outlet quando estou em NY, mas eu não conto porque moro perto de dois dos maiores outlets dos EUA, então não teria por quê. Pra quem está indo fazer compras em quantidade, outlet é sempre uma boa pedida, mas se você está procurando coisas únicas que ninguém mais vai ter, é melhor procurar nas lojas da cidade mesmo.

Que conselho você daria para um brasileiro que ainda não conhece New York (se é que existe algum!).

Não passe o dia dentro dos museus e mega-lojas, ande bastante na rua e explore o comércio local, evite os restaurantes de rede e fast foods, porque o barato de Nova York são os restaurantes únicos da cidade, as galerias pequenas, as lojinhas pequenas e especializadas, cheias de coisas interessantes que não são vendidas em lugar nenhum. Pra quem tem filhos, as boutiques de crianças são uma perdição (não são baratas pelo padrão americano, mas com os preços absurdos de roupa no Brasil, os brasileiros não vão estranhar). Duas boutiques descoladas: Lucky Wang (tem várias na cidade) e Half Pint Citizen (no Brooklyn). Se você pretente visitar a Estátua da Liberdade, compre pela internet com muita antecedência, principalmente em final de semana, porque fica lotado mesmo (eu já tentei ir duas vezes e desisti por causa das filas enormes, mas não faço questão).

Ao voltar pra casa, o que você sente que está levando de NY? Além do excesso de peso, é claro.

Um pouco mais de cultura e novidades de todos os tipos, sempre tem alguma coisa nova legal acontecendo em NY.

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Comentários
  • Vou aproveitar a NY da Luciana (de quem eu me sinto amiga de tanto acompanhar o blog e pq ela sempre me responde no twitter…) pra colocar alguns pitacos da minha NY. Juntando o deu fome com o “que conselho vc daria” eu indicaria sem medo o Earl of Sandwich. Ok, é uma rede de “fast food” americana, mas eu garanto que os sanduiches deles não lembram em nada as porqueiras clássicas americanas. O pão é assado na hora do seu pedido sem que por isso ele demore e é incrível. Eu conheci a rede em Las Vegas e virei fa, seja pra um cafe da manha (pq eu surto com essa abundancia de ovos+bacon+syrup americana) ou pra um lanchinho no meio da tarde. Na minha ultima passagem por NY a rede estava prestes a abrir uma mega filial em plena Times Square!

    Sobre como viver a cidade, o que eu sempre faço é ir a um jogo de basquete. Acho incrível enquanto espetáculo, com tudo funcionando perfeitamente e a possibilidade de qq um sentar do lado de um torcedor no Knicks e ter a liberdade de torcer por outro time/jogador. Adoro essa civilidade, que é inconcebível no mundo do futebol carioca. E, pra fechar com chave de ouro, tem uma lojinha de frozen margarita/pina colada/etc que serve os drinks numa caneca linda dos knicks, com purpurina e que tem um botao que acende luzes! Confesso que faz o maior sucesso na volta, o pessoal todo quer uma de suvinir e eu fico feliz de ter “vindo de brinde” pra mim um sensacional recheio de frozen drink!!!

    12 de janeiro, 2011
    • Dri, também adoro os jogos de basquete, mas já assisti vários quando morava em Michigan (e acabo indo quando estou lá com a família) então não assisto em NY, mas é mesmo um programa muito legal! 😉

      14 de janeiro, 2011
      • Ah, mas aposto que é MUITO MAIS LEGAL uma caneca piscante com purpurina de NY. Especialmente pra pessoas com idade mental igual a minha e da Júlia ! =P

        14 de janeiro, 2011
  • Outra coisa que eu sempre faço qdo estou em NY é comprar vinhos. Muitos vinhos. O preço é infinitamente melhor do que no Brasil e, em muitos casos, melhor até do que no país produtor (caso de alguns rótulos argentinos, chilenos, de bordeaux e da itália). Além disso, todas as lojas fazem entrega nos hotéis sem cobrança acima de um valor mínimo. Posso garantir que tiver experiências muito boas com a KD Wine e com a Sherry Lehmann. Inclusive essas duas lojas possuem lojas virtuais muito boas, com extensa informação sobre os rótulos a venda. No caso da SL, uma das gerentes é uma brasileira, que se dispões a guardar, sem custo adicional por um período de até um ano, qq vinho que vc compre pela internet. Dessa forma dá pra ir aproveitando as promoçoes e já chegar em NY com tudo pronto!

    12 de janeiro, 2011
  • Oi Marcie, parabéns pela série de entrevistas. Vim retribuir sua visita e um Feliz 2011 para você também! E Shaná Tová em setembro! 😉

    12 de janeiro, 2011
  • Você evita museus e nao assiste a peças então como que vc volta de NY com “um pouco mais de cultura”???

    13 de janeiro, 2011
    • Ela não disse que evita museus… O ritmo de visiação só é diferente pq é mesmo difícil passar horas/dias em museus com crianças pequenas. Mas independente disso, cultura não se resume só a isso não, Paulo. Eu acredito que só de passear pela rua, tentando observar e entender costumes de um povo diferente, vc já ganha um pouco mais cultura. Acredito que visitando restaurantes, fazendo piqueniques em parques vc está absorvendo um conhecimento e uma vivência que vc não tinha antes… Mas isso sou eu. Acho que vc tem todo o direito de discordar…

      13 de janeiro, 2011
    • Quem disse que eu não vou??? Se você ler de novo, vai ver que eu disse que a cada viagem vou a um museu, mas não vou todo dia em museu simplesmente porque com criança não dá pra fazer isso e nem acho que NY se limita aos museus. Por exemplo na última viagem entramos em várias galerias bacanas que vimos andando pela rua mesmo, NY está cheia delas…bem mais prático de fazer com criança pequena.

      E concordo com a Dri, cultura não está só em museu e teatro (como falei, vejo as peças da Broadway todas em tour no conforto da minha cidade, compro ingressos de temporada baratíssimos pra 5-6 peças por temporada). Uma definição de cultura pra você, da wikipedia:

      Cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.

      14 de janeiro, 2011
  • Puxa, a “Sua NYC” ficou tão pedaçuda, Luciana 😉 Além das suas dicas, ainda teve a contribuição da DriMiller! Adorei 🙂

    Pena que na ConVnVção de abril não vai dar pra ver provar tudo que têm saído na série …

    16 de janeiro, 2011
    • Oi Lena! Fico muito honrada em ser confundida com a DriMiller, quando eu crescer quero ser igual a essa minha xará… Mas eu só “só” a DriMarques mesmo…

      Que bom que gostou das dicas!

      17 de janeiro, 2011
  • Ai! Muita Dri nessa comunidade 🙄

    17 de janeiro, 2011

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