Nova York: micro-hoteis e mico-hoteis.

Não é novidade para ninguém que, para reduzir seus preços, os hoteis estão diminuindo drasticamente mordomias e metros quadrados. Tudo isso para conquistar mais público e tentar conter o avanço da Airbnb. Se isso for verdade, imagino que eles estejam tendo sucesso, pois os assim chamados micro-hoteis não param de surgir. No mundo inteiro e, é claro, também em Nova York.

O problema é distinguir um micro-hotel do impostor que pretende se fazer passar por ele: o mico-hotel. Toda cidade tem os dois, e a Big Apple não é exceção. A solução é estar atento, não só à metragem, mas também ao que o local oferece em termos área comum e tecnologia. Além de mordomias, é claro. Quer dizer, as poucas que sobraram.

 

Muita gente já conhece, por exemplo, o Pod 51: quartos que chegam a ter apenas 6m2, banheiro às vezes compartilhado, elevadores lotados, etc… Bom, mas agora existe também o Pod 39, com quartos com 9m2 (um exagero!), in-room media center, free WIFI, flat LCD screen TV, cofre, rooftop bar, etc, etc.

E o Pod não é o único que esteja investindo na categoria. É só olhar os últimos lançamentos: CitizenM naTimes Square, com cama que vai de parede a parede (e não porque a cama seja grande…); Yotel na 45 com a 10a.; Tru, uma submarca do Hilton, com quartos de 20m2 (um latifúndio!); Moxy, do Marriott, que está pra chegar; etc, etc.

Os preços, não há como negar, são sempre convidativos: em torno de 100 obamas a diária. E com endereços nobres. O problema, como eu dizia no começo, é separar o “shoyu” do trigo. Minha sugestão, que não tem nada de original, é informar-se exaustivamente. Imprensa especializada, reviews, referências, e por aí afora.

Micro-hotel, sim. Mico-hotel, não!

 

[ Ilustração Dreamstime® ]