Nem rosa nem azul. Preto e branco.

A exposição começou sexta-feira: Picasso, Black & White.  E eu, como estava na vizinhança, resolvi agir como aqueles fanáticos por Apple que querem-porque-querem ser os primeirões da fila. Não fui uma das primeironas, é verdade, mas logo no comecinho da mostra eu já estava lá dentro.

Bem, a primeira constatação é que uma exposição em preto e branco, seja ela de quem for, não podia ter encontrado lugar mais adequado do que o edifício totalmente branco do Guggenheim. Uma belezura! Mas tem um preço, além dos 22 dólares do ingresso: galgar a famosa rampa em caracol, do rez-de-chaussée até o topo. Claro que você também pode subir de elevador e descer a pé. O problema é que a cronologia vai ficar ao contrário: de 1971 até 1904… Não dá, não é?

São 118 obras, das quais mais de 30 estão sendo expostas pela primeira vez nos Estados Unidos. E tem uma meia dúzia completamente inédita: “picassos” pertencentes a colecionadores particulares que finalmente vêm a público. Já aviso que a Guernica não faz parte da mostra, mas você vai encontrar vários estudos, além de alguns quadros que já preanunciavam a famosa tela.

Como a mostra continua até 23 de janeiro, melhor se precaver e reservar online. Para o final de ano, a previsão é de filas que não vão ficar nada a dever ao lançamento do iPhone 6… Ah, sim, uma vez no Guggenheim, claro que também vale a pena dar um bico no acervo permanente: impressionistas com cores saindo pelo ladrão. Só para você se recuperar um pouco do festival de preto e branco. 😉