A New York da Lucia Malla.

Pro JFK você voou. E de lá pro hotel, como é que você vai: taxi, limo, shuttle ou metrô?
Então, eu nunca voei pra NY via JFK. Já passei inúmeras vezes por ele, mas sempre como conexão. Da última vez que fomos a NY, chegamos via Newark – e como foi aquela viagem corrida de apenas um dia, nos hospedamos num hotel perto do aeroporto. O que fez a gente usar o shuttle service mesmo e o metrô.
Das outras vezes que visitei NY fui de carro, vinda de Boston. Então cheguei via engarrafamento na I-95. 😀

OK, você chegou ao hotel, desfez as malas, e já está na rua: qual é a primeira coisa que você faz?
Comer uma comida qualquer de rua, numa esquina. Pra abastecer antes das andanças do dia…

Deu fome. Você entra em qualquer lugar ou tem um ou mais restaurantes favoritos?
Em geral, procuro aquelas bibocas que vendem comidas típicas que a gente não encontra em outros lugares (a não ser no lugar original), para ter uma culinária nova pra provar. Lembro que foi em NY onde provei pela primeira vez comida etíope (uma delícia), numa dessas “lanchonetes”. Adoro essa diversidade gastronômica de “comida de todo dia” – porque é diferente da diversidade gastronômica de São Paulo, por exemplo, onde o que você acha de “diferente” está em geral num restaurante um pouco mais sofisticado, sem tanta descontração. Em NY, não, você esbarra num estabelecimento que vende a comida que o afegão comeria no almoço da casa dele no Afeganistão, por exemplo, e principalmente, o que ele comeria nas ruas de Cabul. Adoro isso, para mim é um dos grandes patrimônios da cidade, a diversidade humana que permite tal diversidade culinária.

Além do roteiro de compras, de que outras maneiras você vive a cidade? Broadway, museus, passeios, cinemas?
Nunca fiz compras em NY. Para não dizer que nunca comprei nada lá de souvenir, tive um copo de vidro do MoMA, que quebrei um dia lavando louça. Vou pra NY pra curtir a cidade, em geral, andar pelas ruas, me sentir verdadeiramente cidadã do mundo conhecendo a capital do mundo. Olhando a dinâmica das pessoas, sendo inundada pelas cotidianices. Costumo dizer que todo mundo é novaiorquino, a maioria apenas não sabe disso, e é essa sensação de pertencimento que tento aproveitar toda vez que vou à cidade. Mas também faço passeios, a museus, principalmente. Meus favoritos são o MoMA, o de História Natural (por motivos óbvios…) e o Frick Collection.

Qual é a área da cidade que você mais gosta e por quê?
Gostei bastante de Greenwich Village. Numa das vezes que estive em NY, me hospedei lá, na casa de amigos, e talvez por ter conhecido tanta coisa interessante do bairro, tantos bares diferentes que os amigos me levaram, terminei curtindo mais do que esperava.

Outlet é out ou ainda é in? Qual?
Ixe, nunca fui a nenhum em NY. Para mim, é out total. A B&H serve como outlet? 😀

Que conselho você daria para um brasileiro que ainda não conhece New York (se é que existe algum!).
Deixe NY te abraçar. Liberte-se da prisão do planejamento super-detalhado e quase paranóico dos passeios. Planeje pelo menos um dia de andanças ao léo pelas ruas da cidade, curtindo paradas estratégicas em cafés, lanchonetes, pequenas lojinhas etc. Seja envolvido pela dinâmica das pessoas. Pegue o metrô sujo, reclame como um novaiorquino do calor na plataforma no verão ou do vento gelado no inverno enquanto espera o trem. Passeie no Central Park, deite na grama. Você é parte da cidade também, e esse pertencimento-não-pertencendo num lugar onde você não mora (em meu caso, nunca morei) é único no mundo.

Ao voltar pra casa, o que você sente que está levando de NY? Além do excesso de peso, é claro.
Tudo que eu levo de NY é a vontade de voltar logo a visitá-la. Afinal, eu amo NY. Para mim, não há limites em quantas vezes visitar a cidade: ela é tão mutante a cada segundo que eu nunca me canso dela, porque ela está sempre de cara nova, pronta para me surpreender over and over.

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